A nova Kawasaki Z 900 já chegou ao Brasil! O lançamento da naked aconteceu apenas três meses após sua apresentação internacional, que aconteceu na Itália em novembro. Assim, a moto promete mais desempenho, tecnologia e design. Mas será que vale o investimento? Saiba como é andar com a novidade.
Test ride com a Kawasaki Z 900 2026
A Kawasaki organizou um evento em Brotas (SP) para colocar todas as novidades da Z 900 à prova. O dia de pista aconteceu no recém-inaugurado RaceVille, um autódromo de 4,5 km que extraiu todo o poder da naked ao longo de curvas de alta, de baixa, retas e mergulhos. Além disso, fez o mesmo com a Z H2, que também está chegando ao país. E nós participamos, a convite da marca.
O que mudou na Z 900
Antes de falar das impressões ao guidão, vale lembrar o que muda na nova Z 900 em relação ao modelo que ainda está nas lojas. A primeira diferença é o visual, totalmente revisto. As carenagens estão menores e ressaltam a agressividade do modelo, bem como a sensação de leveza. Assim, o farol é marcado por três luzes em LED, enquanto a lanterna traseira perdeu o tradicional formato em Z.
Já o motor preserva a base mecânica, com 4 cilindros em linha e 948 cc. Gera 124 cv de potência e 9,9 kgf.m de torque, a 9.500 e 7.700 rpm. Mas há novidades. Ele recebeu diversas atualizações, que lhe permitiram atender às novas exigências do Promot 5 e ainda o deixaram 16% mais econômico.
Mas a maior evolução da Z 900 está na eletrônica. O tópico, que já era um ponto forte do modelo, recebeu atualizações como a Unidade de Medição Inercial. Desta forma, a naked oferece ABS e controle de tração adaptados para curvas, cruise control, quickshiter bidirecional, 4 modos de pilotagem (sendo um personalizável) e uma profunda conexão com o aplicativo Rideology The App – com direito a navegação curva a curva e comandos de voz, função que ainda levará alguns meses para estar disponível no Brasil. A tela TFT é nova e maior, com 5″. Além disso, tem 2 layouts de visualização.
Como é andar na Z900 da Kawasaki
Basta ligar o motor de 4 cilindros e percorrer poucos metros para perceber outro ponto positivo da nova Z 900 2026: ela manteve a sua identidade. Como não teve nenhuma mudança drástica na ciclística ou mecânica, preserva o comportamento exemplar da geração anterior.
Em baixas velocidades, a naked surpreende pela leveza e conforto. É possível rodar abaixo dos 60 km/h sem qualquer tipo de engasgo ou tranco. Como a moto possui ótima distribuição de peso, seus 213 kg (em ordem de marcha) são quase imperceptíveis. A sensação é de total controle e segurança, como se estivesse andando numa moto de baixa cilindrada.
Já a posição de pilotagem é marcada por pernas levemente recuadas e peito aberto, equalizando esportividade e conforto. Parece dar conta de longos trajetos urbanos e até viagens curtas. Uma característica que soma mais pontos à nova 900, reforçando sua versatilidade.
Mas é quando a rotação sobe que a Z900 mostra todo o seu poder. O motor enche rapidamente e entrega a esportividade (e o som) esperada de um quatro cilindros de 125 cv. Neste momento, nota-se a precisão das suspensões, o grip dos pneus (Dunlop Roadsport 2) e o comportamento do chassi, que recebeu reforços na caixa de direção. A moto é cirúrgica e estável em qualquer trecho ou velocidade, um convite para o uso na pista e track days. Um uso completado, claro, pelo novo quickshifter bidirecional.
Melhorou o que era bom, manteve o que era ótimo
Não à toa, a Z 900 é um dos maiores sucessos de vendas da Kawasaki no Brasil. Segundo a Fenabrave, foi a moto mais emplacada da fabricante por aqui em 2021, 2022 e 2023. Além disso, comercializou 1.224 unidades somente em 2024.
E agora a naked está renovada, com evoluções significativas na eletrônica, enquanto manteve seu DNA e identidade. Por isso, o best seller tem todos os elementos para performar ainda melhor nas lojas e, se assim ela quiser, acelerar a participação do time verde no mercado brasileiro.
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Vale a pena comprar a Z 900 2026?
Só existe uma coisa melhor que uma moto que evoluiu: uma moto que aumentou suas especificações técnicas, ao mesmo tempo em que reduziu o preço. E foi isso que aconteceu com a Z 900.
O modelo 2026 tem preço sugerido de R$ 62.690, enquanto a 2025 é oferecida a R$ 63.140. Ou seja, a naked está com uma série de melhorias e custa R$ 450 menos que sua antecessora. Já a versão topo de linha R custa R$ 70.790 – enquanto a antiga saía por R$ 70.750. Ela se diferencia pelo visual exclusivo, freios Brembo e suspensão traseira Ohlins.
Desde modo, a lista de novidades, fidelidade à proposta e preço fazem da Z 900 2026 uma das motos com melhor relação custo benefício do Brasil no segmento de alta cilindrada. É uma moto que entrega muito, seja em termos de desempenho, tecnologia e versatilidade – e que pode ser uma ótima opção para quem pensa em atualizar a naked que possui em casa ou subir de categoria.
