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Criticar motociclistas é mais antigo do que você imagina; o ex-senador carioca Arthur da Távola, colunista de vários jornais, revistas e emissoras de TV da época era mestre no assunto

Se você pensa que a discriminação aos motociclistas é coisa recente, está muito enganado. Já desde muito tempo a crítica às motocicletas e aos motociclistas tem sido ferrenha por pessoas com o a meios de comunicação de massa.

Há quatro décadas que as motos começaram a "incomodar" os motoristas
Há quatro décadas que as motos começaram a “incomodar” os motoristas

Ná década de 70, o ex-Senador da República, Arthur da Távola, colunista de vários jornais, revistas e emissoras de TV da época, já conspirava contra a imagem de quem andava em veículos de duas rodas, escrevendo em suas colunas pérolas literárias como as que reproduzimos abaixo:

“ A motocicleta como meio de transporte é uma exceção egoística, individual e anti-social . Ela como sintoma revela as doenças sociais. Eis o diagnóstico, em 10 pontos:

1 – É o meio de transporte mais anti-social que existe, por ser o que pode levar o menor número de pessoas em cidades congestionadas, necessitadas de democratizar o transporte público.

2 – Ela não possui um sistema de proteção e segurança correspondente à velocidade que desenvolve: é portanto o mais perigoso dos meios de transporte. Para mim ela é uma arma em forma de aparente transporte.

3- Ela dá uma ideia de privilégio a quem possa tê-la; chegar primeiro, andar mais depressa, ser mais vivo, mais esperto, rápido e efetivo que os demais; ela consagra não o equilíbrio e o pluralismo necessários da vida urbana congestionada e rarefeita, mas a exceção, o privilégio, favorecendo exclusivamente quem pode pagar .

4- Ela opera sobre os mecanismos mais falíveis do homem; seu gosto de deslizar e pela velocidade. Ela seduz exatamente por ângulos infantis que jamais se apagam da personalidade das pessoas.

5 – Ela ilude as pessoas principalmente numa fase da vida em que necessitam de atitudes externas de afirmação. Daí adorarem o barulho que conseguem fazer e aquela espécie de fantasia que distingue os seus usuários, blusões de couro, luvas, capacetes, etc. Tudo isso faz a pessoa se sentir diferente da média. Ela é portanto discriminatória através da sensação de originalidade .

6- De descarga aberta ela consegue ser o veículo automotor que mais barulho faz. Um motociclista com descarga aberta pode molestar cerca de trezentas mil pessoas de cada vez. É portanto um veículo destrutivo dos demais como forma de encapar a autodestruição desejada por seu usuário.

7- A motocicleta é o veículo de equilíbrio mais difícil e precário, sendo absolutamente inviável para locomoção com chuva.

8 – Raros são os motociclistas há muitos anos, o que comprova o caráter ageiro, superficial, mero realizador de fantasias arcaicas, onipotentes e infantis de seus usuários. Também a criança briga pelo brinquedo que, meia hora após conseguir, colocará de lado.

Ex-senador da República Arthur da Távola
Ex-senador da República Arthur da Távola

9 – Na escala qualitativa das motocicletas, há uma pirâmide invertida altamente prejudicial a uma cidade: quanto menor e pior o veículo, mais barulho faz.

10 – A motocicleta é um veículo para cidades com outro tipo de motoristas, de ruas e de formas de dirigir. Por serem como são, elas excitam a agressividade dos motoristas de carro que não têm em relação a elas o respeito devido. Eles entram em estúpida competição com elas, dificultando-lhes a agem, jogando o carro em cima, comportando-se, em suma, de maneira agressiva e quase assassina, fato que, embora lamentável, soma-se, desgraçadamente, às razões pelas quais andar de motocicleta é um grave risco de vida, jamais o ilusório prazer imaginado.

O nível de saúde mental e de justiça social numa cidade está na razão inversa do número de motocicletas que ela tem. E o nível de enfermidade é tanto maior quanto mais motocicletas haja de descarga aberta. “ (Texto de Artur da Távola)

Isso foi na década de 70, tempos áureos das “sete galos” e “RD’s”. O que pensaria o nobre e ilustre ex-senador sobre esse mesmo assunto nos dias de hoje?

Távola, cujo nome verdadeiro era Paulo Alberto Moretzsohn Monteiro de Barros, morreu aos 72 anos no dia 09/05/2008, na cidade do Rio de Janeiro.

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Matéria publicada originalmente em janeiro de 2013

 

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