A CBR 250 R é uma moto esportiva da Honda que deixou saudades no Brasil. O modelo chegou por aqui em 2012, acelerou o coração dos fãs da marca e partiu de nosso mercado depois de pouco tempo nas lojas. Porém, foi o suficiente para construir um nome que até hoje é lembrado com saudosismo. Bora recordar a trajetória dessa moto histórica?
CBR 250 R, uma pequena esportiva
O nascimento da CBR 250 R aconteceu em 2010, quando o modelo foi apresentado ao mundo em evento realizado no exterior. Era um produto global da Honda, pensado para diversos países de diferentes continentes – incluindo o Brasil, claro.
Era um projeto inédito. Assim, todos seus componentes foram pensados exclusivamente para o modelo, dos retrovisores à lanterna traseira. E o motor também, claro. Era uma usina de 1 cilindro e 249,6 cm³, pensado para equilibrar desempenho em altas rotações para estrada/pista e boas acelerações para uso urbano. Assim, a produção da CBR 250 R no exterior iniciou em 2011, centralizando as operações na grande estrutura da Honda na Tailândia.
Lançamento da CBR 250 R no Brasil
O modelo chegou ao nosso mercado em abril de 2012, importado do país asiático. Por aqui, tinha uma missão clara: representar a Honda no crescente segmento das motos esportivas de média cilindrada.
Este nicho tinha representantes estabelecidas, como a Kasinski Comet GT 250, que chegou quatro anos antes, e a líder de vendas Kawasaki Ninja 250R, também lançada em 2008. E ainda possuia outros lançamentos, como a Dafra Roadwin 250R.
Na ocasião, a pequena moto esportiva da Honda era oferecida em duas opções de cores e de freios. A com sistema padrão custava R$ 15.490, enquanto a equipada com C-ABS tinha preço sugerido de R$ 17.990. Para comparação, a bem-sucedida Ninja 250R custava entre R$ 15.500 e R$ 16.100, variando conforme a pintura.
Especificações técnicas da CBR 250
Hora de apresentar a ficha técnica da pequena notável CBR 250 R! Como dito, era um modelo global da marca, importado da Tailândia e vendido em muitos países – inclusive o Brasil. Um produto inédito, que praticamente não compartilhava componentes com outras motos da Honda.
Motor e performance
Seu motor tinha 1 cilindro, arrefecimento a líquido e sistema de comando duplo no cabeçote (DOHC), que prioriza a entrega de potência em altas rotações. Com esta receita, produzia 26,4 cv e 2,34 kgf.m de potência e torque máximos, a 8.500 rpm e 7.000 rpm. O câmbio era de 6 velocidades.
Aliás, a escolha da fabricante por um motor monocilíndrico foi curiosa, uma vez que as principais rivais adotavam usinas bicilíndricas. A Kawasaki, por exemplo, extraía 33 cv a 11.000 rpm com a Ninja 250R. A opção da Honda se deu para beneficiar o uso urbano, entregando melhores acelerações na cidade e trechos de baixa velocidade. Ou seja, uma moto menos esportiva, mas mais versátil.
Na prática, a CBR 250 R é uma ótima moto de pilotar. É leve, pesando apenas 150 kg a seco. Sua carenagem também garante excelente aerodinâmica, bem como o parabrisa protege o piloto da ação do vento. Nota positiva também para a ciclística, beneficiada pelas suspensões bem calibradas (e com link na traseira) e pneus de medidas 110/70-17 e 140/70-17.
Consumo e top speed da CBR 250 R
Diferente de rivais como Ninja 250R e Comet GT 250, mais focadas na esportividade, a CBR 250R buscava o equilíbrio entre uma tocada esportiva e o uso urbano. Por isso, seus números de desempenho costumavam ficar abaixo de concorrentes diretas.
Segundo a Honda, a velocidade final da CBR 250 era 140 km/h reais, cerca de 150 km/h no . Já o consumo fica na casa dos 28 km por litro, alternando para mais ou menos em pilotagem esportiva ou econômica.
Design e aerodinâmica
O visual era um dos pontos fortes da CBR 250 R. Seu design era baseado na VFR 1200, moto sport touring da Honda que fez sucesso em muitos países. Inclusive, foi ela quem recebeu a primeira geração do hoje irado câmbio automatizado de dupla embreagem (DCT).
Desta forma, as linhas da pequena 250 remetiam à grande 1200. A conexão mais evidente ficava no farol único, envolto pela grande carenagem de aspecto ‘clean’, com pontos de fixação escondidos e poucas entradas de ar.
No quesito visual, ainda merece destaque o belo de instrumentos. O sistema apostava num grande conta-giros analógico, acompanhado de uma pequena tela LCD.
Tecnologia
A CBR 250 R não era exatamente um expoente em tecnologia. Ainda assim, tinha recursos interessantes, como os freios C-ABS oferecidos como opcionais. Já o sistema de iluminação trazia luzes halógenas no farol e setas. Uma realidade bem diferente das pequenas esportivas da marca vendidas no mercado atualmente, como a CBR 250 RR.
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CBR 250 R é uma boa moto?
A CBR 250 R esteve disponível nas lojas do Brasil por pouco tempo. Ela chegou por aqui em abril de 2012 e deixou as lojas no início de 2015, sem ganhar atualizações relevantes no período. Apesar disso, é um modelo lembrado e procurado por entusiastas até hoje. Mas por quê?
Porque a CBR 250 saiu de linha
Na prática, o modelo nunca esteve ‘em linha’ no Brasil, uma vez que não ava pelas linhas e esteiras de montagem da Honda no Brasil. Era trazido da Tailândia e os elevados custos de importação acabaram encarecendo o produto por aqui.
Desta forma, a relação custo benefício da CBR 250 R era prejudicada, especialmente na versão com ABS. Além do preço elevado, o modelo sofreu críticas do público que não entendeu sua proposta. Esperavam que uma CBR tivesse, no mínimo, o mesmo desempenho de uma Ninja. Porém, o foco da Honda era a versatilidade.
No exterior, o modelo continuou em produção até 2013 e posteriormente deu origem à CBR 300 R, ainda vendida em países como a Tailândia. Não confunda com a CBR 250 RR (com um ‘R’ a mais), também disponível lá fora, mas com maior vocação esportiva.
Como a esportiva Honda ainda é popular
Apesar do pouco tempo nas lojas, a CBR 250 R marcou uma geração de motociclistas. Afinal, representava a maior marca de motos do país em um segmento borbulhante da época, composto por ‘motos dos sonhos’ para muitos que vinham das 125 e 150 cc.
E, claro, a CBR era uma moto interessante, equilibrada, bonita e eficiente. Além disso, se seu desempenho era criticado quando o modelo ainda estava nas lojas, sua durabilidade atrai interessados no mercado de motos usadas atualmente.
Onde comprar uma CBR 250 R?
Agora que você já sabe se a CBR 250 R é uma boa moto para seu perfil, está interessado em comprar uma? Naturalmente, terá de recorrer ao mercado de usadas. E prepare-se para garimpar, pois, segundo a Fenabrave, cerca de ‘apenas’ 6.500 unidades foram emplacadas no Brasil, num oceano de mais de 33 milhões de motos que estão circulando por aí.
Felizmente, você tem com quem contar! Comece sua busca pelo classificados do Motonline, onde fãs de duas rodas de todo o Brasil colocam suas motos à venda gratuitamente. Ah, e lembre-se do preço! Segundo a Fipe, uma CBR 250 R vale aproximadamente R$ 13 mil.