A Justiça proibiu a prefeitura de São Paulo de aplicar multas e apreensões contra os mototaxistas em São Paulo. No entanto, o serviço segue suspenso devido a uma decisão judicial, gerando um ime entre prefeitura, empresas de aplicativos e motociclistas.
Mototaxistas em São Paulo: polêmica continua
A recente decisão da Justiça de suspender as multas e apreensões contra os mototaxistas em São Paulo reacendeu o debate sobre a regulamentação do serviço na capital paulista. Apesar do alívio momentâneo para empresas como 99 e Uber, a atividade de transporte de ageiros por motocicleta continua proibida por uma decisão de segunda instância. Essa situação tem gerado tensão entre a istração municipal, os aplicativos e os profissionais do setor.
O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, manifestou sua insatisfação com a decisão judicial, afirmando que o juiz errou ao equiparar o mototáxi ao transporte de ageiros por aplicativos tradicionais, como carros de eio. Ele argumenta que a legislação federal não prevê a regulamentação do transporte de ageiros por moto via aplicativos e que a segurança viária da cidade estaria em risco caso a modalidade fosse autorizada.
A polêmica se intensificou quando empresas do setor anunciaram que buscarão reverter a proibição judicial, questionando a validade do decreto de 2023 que impediu a operação do serviço. Enquanto isso, mototaxistas continuam impossibilitados de atuar legalmente, aumentando a pressão sobre os órgãos públicos para uma solução definitiva.
Prefeitura e Entidades Reforçam Oposição ao Mototáxi
Além da posição firme da prefeitura, diversas entidades de transporte e mobilidade também se manifestaram contra a implantação do mototáxi na cidade. Doze instituições, incluindo a Associação Paulista de Medicina e o Instituto de Engenharia, demonstraram apoio à gestão municipal, alegando que o serviço pode comprometer a segurança dos ageiros e aumentar a taxa de acidentes.
Diante desse cenário, a Procuradoria Geral do Município já anunciou que recorrerá da decisão judicial que suspendeu as penalizações. No entanto, a istração municipal reforça que a proibição ao serviço segue em vigor até uma definição final do caso na Justiça.
Veja Também:
- Serviços da 99 e Uber Moto são suspensos em São Paulo; saiba o motivo
- Anistia para motociclistas multados em SP? Veja caso dos mototaxistas da 99 e Uber Motos
Protesto de Mototaxistas Reforça Pressão Contra a Proibição
Diante da incerteza sobre a legalização do serviço, um grupo de aproximadamente 50 mototaxistas realizou um protesto na capital paulista. A manifestação ocorreu no dia 3 de março de 2025, com os motociclistas se reunindo na Praça Charles Miller e seguindo em comboio até a prefeitura de São Paulo.
O protesto foi marcado por um “buzinaço” e queima de fogos, chamando a atenção para a situação dos trabalhadores do setor. Durante a caminhada, a Polícia Militar acompanhou os manifestantes para garantir a segurança, mas também aplicou multas a alguns motociclistas que aram a praça pela contramão.
A mobilização reforça o descontentamento dos mototaxistas, que defendem a regulamentação do serviço como uma alternativa viável de mobilidade urbana. Muitos profissionais relatam dificuldades financeiras devido à proibição e afirmam que o mototáxi poderia ser uma solução para o transporte rápido e ível na cidade.
Futuro do Mototáxi em São Paulo Ainda é Incerto
O ime entre prefeitura, Justiça e empresas de aplicativos continua sem uma solução definitiva. Enquanto a Justiça suspendeu as multas e apreensões, a proibição do serviço segue vigente, deixando os mototaxistas sem uma previsão clara sobre o futuro da atividade.
As próximas etapas do debate devem envolver novos recursos na Justiça e possíveis audiências entre representantes do setor e autoridades municipais. Enquanto isso, a população e os profissionais do transporte aguardam por uma definição que equilibre a segurança viária e a necessidade de novas opções de mobilidade na capital paulista.
Os mototaxistas em São Paulo seguem pressionando por uma mudança na legislação, enquanto a prefeitura mantém sua posição contrária ao serviço. O desfecho dessa disputa ainda é incerto, mas certamente continuará a mobilizar opiniões e debates sobre o futuro da mobilidade urbana na cidade.