Motos customizadas mexem com o imáginário de muitos. Há fascínio na ideia de ter um produto exclusivamente seu, criado de acordo com o seu gosto e que será uma peça única em todo o mundo, uma espécie de produção limitadíssima a uma única unidade. Também podem ser a oportunidade de prestar uma homenagem a alguém, como um ídolo.
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Foi nisso que pensou Artur Saporito quando decidiu criar a T 120 Lotus, uma Triumph customizada com as cores do carro pilotado por Ayrton Senna em 1985 e 1986. Aliás, as primeiras quatro vitórias do brasileiro que em breve se tornaria tricampeão na categoria foram com o bólido, pintado em preto e com detalhes em dourado, patrocinado pela marca de cigarros John Player Special – considerado por muitos o carro mais bonito da história da F1. Boa ideia, Artur.
Bonneville: clássica Triumph customizada
Era hora de escolher qual modelo seria customizado. A Bonneville venceu a disputa por ser ‘uma moto forte e confiável, com linhas perfeitas para o estilo desse projeto’, segundo o motociclista. Logo após iniciou a busca pela motocicleta ideal, quando Artur encontrou uma T 120 Black ano 2018 com apenas 2.200 quilômetros rodados. Era ela.
O próximo o era achar alguém para dar vida à ideia, mas não podia ser ‘um costumizador qualquer’. Tinha que ser alguém que ficasse com brilhos nos olhos ao ouvir sobre o projeto. E lá se foram mais seis meses até encontrar Adriano Montoro, da Sam7Garage. Além de customizador ele era outro apaixonado pela Fórmula 1 dos anos 1980 e 1990, além de fã de Senna.
“Quando o Artur chegou na oficina eu estava polindo um capacete da Lotus meu e que outro cliente tinha acabado de comprar, e ele ficou encantando. Depois mostrei outros dois capacetes que fiz como réplicas dos que Senna usava e uma scooter 2T com tema da Lotus JPS. Cara, ele pirou”, conta o customizador de São Paulo.
E foi assim que surgiu o briefing do projeto, praticamente um carta em branco tendo como único critério remeter à Lotus ‘do Chefe’. Uma das poucas recomendações do cliente era que as rodas fossem pretas, o que levou Adriano a optar pela pintura KTL para ‘dar um charme a mais’.
Então a Triumph customizada foi inteiramente desmontada. Depois teve diversos componentes pintados e alguns até trocados, como os piscas. “A parte de cima do para-lama dianteiro remete ao bico da Lotus 98T, inclusive com adesivos dos patrocinadores na mesma ordem. Usamos bastante dourado, até nos discos de freio, e filetes, inclusive no para-lama traseiro. Também fizemos detalhes do Senna no carburador fake. A moto ficou linda”, explicou Adriano.
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Quanto custa customizar uma moto
Para ter a tão sonhada Triumph T 120 customizada o analista de sistemas desembolsou aproximadamente R$ 47 mil, sendo R$ 38 mil na compra da motocicleta seminova. “O resultado ficou fantástico, ela arranca sorrisos por onde a. Tenho maior prazer em rodar para que as pessoas consigam irar o trabalho feito. Venho participando de muitos rolês com a galera da Triumph Riders Brasil, istrado pelo Ricardo Macedo, e também planejo participar de eventos quando a pandemia permitir”, comenta o motociclista.
E tem mais. Artur aproveitou a oportunidade para personalizar dois capacetes AGV com o mesmo tema da sua Triumph customizada. “Um pra ele e outro para a esposa, no qual queria alguns ‘detalhes femininos’. Ficaram lindos, parecidos mas únicos. Não sei se ele tá usando, mas eu bem que insisti para ele deixar guardados em casa, intactos”, brincou o customizador.
Depois da Triumph customizada, uma CB 450 DX
Realmente, o mosquito da customização de motos mordeu Artur. Com a T 120 customizada parada em casa em virtude da pandemia, ele não perdeu tempo e já ou a matutar seu próximo projeto. Será a restauração de uma Honda CB 450 DX ano 1988, um novo trabalho para a Sam7Garage.
A moto já foi comprada e está recebendo ajustes na mecânica, incluindo motor e embreagem. Depois será a vez de levá-la à cabine de pintura. “A ideia é deixar ela como se tivesse saído da loja, mas eu gostaria de uma pintura diferente. Não necessariamente uma customização em si, mas com uma nova paleta de cores. Aos poucos, mas o projeto está saindo, vamos ver como vai ficar”, antecipa Artur.
