Sem qualquer mudança desde seu lançamento, em fevereiro de 2015, a Yamaha MT-07 chega agora na sua versão 2019 com pequenas mudanças para permanecer entre as motos mais vendidas do segmento das naked médias, que inclui motocicletas equipadas com motores entre 500 e 800 cm³ de capacidade cúbica.
Se olharmos para esse segmento hoje, encontramos oito motos, sem contar as eventuais versões. Veja na tabela abaixo que a MT-07 está entre as três primeiras em volume de vendas e isso é muito significativo, principalmente quando levamos em consideração que o consumidor tem uma enorme lista de boas motos para escolher, também com valores e características semelhantes.
A Yamaha, no entanto, simplificou a lista de concorrentes e na apresentação da nova MT-07, incluiu apenas as motos com motores com capacidade cúbica em torno de 650 cm³: Honda CB 650, Kawasaki Z650 e Suzuki SV 650 (Gladius). Mas no segmento podem ser incluídas também Suzuki GSX-S 750, Honda CB 500F, Kawasaki Z650, Triumph Street Triple e a própria Yamaha XJ6n, que ainda está na linha de produtos da marca, mas que não parece ter vida longa.
MT-07: poucas mudanças
A irmã do meio da família MT (Master of Torque), que tem ainda a “pequena” MT-03 e as maiores MT-09 e MT-09 Tracer aqui no Brasil, com modificações no design, no banco do piloto e nas suspensões. O motor permanece exatamente o mesmo e a Yamaha destaca o torque oferecido pelo motor da moto – “brutal” e “monstruoso” são dois adjetivos utilizados pela marca para descrever essa característica da MT-07 – que garante acelerações e retomadas de velocidade realmente empolgantes.
Esse motor possui tecnologia crossplane, que torna a entrega do torque e da potência do motor mais linear, sem buracos. O que faz isso acontecer é o intervalo de explosão entre os dois cilindros, que é de 270º. A capacidade cúbica dos dois cilindros é de 689 cm³, com duplo comando de válvulas no cabeçote (DOHC) cm 4 válvulas em cada cilindro, arrefecido a líquido e alimentado por injeção eletrônica (só gasolina), que desenvolve 74,8 cv de potência máxima a 9.000 rpm e torque máximo de 6,9 kgf.m a 6.500 rpm.
A MT-07 2019 mantém seu visual street fighter, com linhas agressivas e limpas, com as partes do motor e do chassi se destacando no cenário. Sem mudança na capacidade, o tanque de combustível (14 litros) mudou pouco e agora tem novos defletores de ar e abas no radiador, que melhoram o fluxo de ar para o cabeçote do motor. O para-lama e o farol dianteiro também foram remodelados. No desenho também mudaram as cores, agora com o já tradicional da marca azul metálico, o preto fosco e o cinza metálico com partes em cinza fosco e a roda e mais alguns detalhes em verde marca-texto.
Para trazer mais conforto tanto para o piloto quanto para a garupa, os bancos foram completamente redesenhados e agora estão mais largos e ergonômicos, permitindo pilotar por mais tempo sem incômodo no uso urbano ou na estrada. No entanto, a espessura e a densidade da espuma utilizada parece ter ficado mais dura, o que traz um certo desconforto ao ar em buracos, algo bem comum nas nossas ruas e estradas.
Outra mudança importante está nas suspensões, que foram recalibradas para ficarem mais rígidas e oferecerem maior esportividade à moto. No amortecedor da suspensão traseira – tipo monocross -, além da nova calibragem ele conta agora com a possibilidade de ajuste de retorno, além das 9 posições já existentes para ajuste da pré-carga da mola através da porca castelo. O objetivo dessa mudança é dar à nova MT-07 mais agilidade e estabilidade, o que resulta em melhor controle para o piloto, o que reforça a segurança.
Sem mudanças, os freios da MT-07 2019 traz dois discos flutuantes de 282 mm e pinças de 4 pistões cada na dianteira, e um disco de 245 mm e pinça simples na traseira, ambos com ABS. O também é o mesmo e fica posicionado ao centro do guidão, com a chave de ignição da moto à frente, sobre o farol dianteiro, aliás, que teve pequena mudança.
Modelo |
Vendas 2018 (até setembro) |
Preço FIPE (out/2018) |
Honda CB 500F | 1.754 | R$ 25.957,00 |
Honda CB 650F | 1.331 | R$ 36.191,00 |
Yamaha MT-07 | 992 | R$ 32.660,00 |
Suzuki GSX-S 750 | 981 | R$ 36.801,00 |
Yamaha XJ6 N | 783 | R$ 35.124,00 |
Kawasaki Z650 | 203 | R$ 33.667,00 |
Triumph Street Triple S | 193 | R$ 41.372,00 |
Suzuki SV 650 Gladius | 91 | R$ 29.330,00 |
Totalmente digital, o tem uma peça única com display em LCD que traz informações do relógio, indicador de marcha engatada, marcador de nível de combustível no tanque, conta giros em barras que indica a faixa de melhor torque entre 4.000 e 8.000 rpm, hodômetro total e parcial, consumo médio, consumo instantâneo, temperatura do líquido de arrefecimento, temperatura do ar de issão e o indicador “Eco”, que mostra quando a motocicleta está consumindo de maneira eficiente o combustível considerando rotação do motor, ângulo de abertura da borboleta, velocidade da motocicleta e indicador de marcha.
Outro destaque da moto é o chassi tubular muito compacto, cujo motor faz parte da estrutura. Essa arquitetura permite que a moto tenha medidas muito compactas – 1400 mm de entre eixos, por exemplo – e baixo peso – são 183 kg em ordem de marcha, o que determina uma relação peso/potência de 2,4 kg/cv, resultado muito bom e que é atestado pelo piloto Yamaha Racing de corridas de rua, Rafael Paschoalin, que em breve vai disputar novamente a desafiadora subida de montanha Pikes Peak, ao guidão da nova MT-07.
A escolha de Paschoalin se deve à agilidade e rapidez da MT-07. “Muito estável e firme na trajetória, consigo ser rápido na retomada de velocidade no percurso do Pikes Peak e o torque sempre presente faz com que eu ganhe velocidade com maior rapidez”, explica Paschoalin. E complementa: “A MT-07 é monstra”. Para quem se encantou em ter essa “monstra”, ela estará disponível na rede de concessionárias Yamaha a partir do dia 20 de outubro de 2018 ao preço público sugerido de R$33.790,00 (+ frete).
Ficha Técnica Yamaha MT-07 2019 |
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Comprimento total | 2085 mm |
Largura total | 745 mm |
Altura total | 1090 mm |
Altura do assento | 805 mm |
Altura mínima do solo | 140 mm |
Peso em ordem de marcha | 183 kg |
Distância entre eixos | 1400 mm |
Motor | 2 cilindros em linha, 4T, DOHC, 8 válvulas, arrefecimento líquido |
Capacidade cúbica | 689 cm³ |
Diâmetro X curso | 80×68,6 |
Taxa de compressão | 11.5:1 |
Torque máximo | 6,9 / 6.500 |
Potência máxima | 74,8 / 9.000 |
Sistema de partida | Elétrica |
Sistema de lubrificação | Cárter Úmido |
Capacidade de óleo do motor | 3 litros |
Tipo de combustível | Gasolina |
Tanque de combustível (reserva) | 14 (2,7L) |
Alimentação | Injeção Eletrônica |
Sistema de ignição | TCI |
Transmissão primária | Engrenagens |
Transmissão secundária | Corrente |
Embreagem | Multi-disco em banho de óleo |
Câmbio | 6 velocidades |
Tipo de chassi | Diamante |
Ângulo de cáster | 24º |
Trail | 90 mm |
Pneu dianteiro | 120/70 ZR 17M/C (58W) |
Pneu traseiro | 180/55 ZR 17M/C (73W) |
Freio dianteiro | Duplo disco (diâmetro 282 mm), acionamento hidráulico com ABS |
Freio traseiro | Disco (diâmetro 245 mm), acionamento hidráulico com ABS |
Suspensão dianteira | Garfo telescópico, curso de 130 mm |
Suspensão traseira | Monocross com link, ajuste na pré-carga da mola e no retorno, curso de 130 mm |