Poucas vezes na história, os brasileiros compraram tantas motos novas como em 2024. Aliás, nunca consumimos como agora. Os bons dados do setor não só confirmam como o mercado está aquecido, como indicam que há potencial de estabelecer um novo recorde de motocicletas comercializadas num único calendário! Veja os números e expectativas.
Novas motos podem bater recorde em 2024
Segundo a Fenabrave, foram emplacadas 932.940 motos no Brasil ao longo dos seis primeiros meses de 2024. O total reflete um crescimento de 19,6% em relação ao bom ano de 2023.
O mercado de novas motos está voando! Neste ritmo, Brasil deve estabelecer um novo recorde: 1,85 milhão de emplacamentos num ano
Mais do que isso, ficou acima do primeiro semestre de 2011: ano recorde da nossa indústria. Naquele calendário, foram emplacadas 918 mil unidades nos primeiros seis meses e 1.803.767 em todo o ano.
Diante dos números, a entidade reviu suas projeções. Agora, há expectativa de encerrar 2024 com 1,85 milhão de novas motos nas ruas, estabelecendo um novo recorde. Para a Confederação, os números são puxados pela realidade social, onde as motos ganham popularidade como instrumento de mobilidade urbana e opção profissional, na mão dos entregadores.
As motos são aliadas na mobilidade urbana, opções baratas de transporte e atendem ao crescente segmento do delivery
Naturalmente, o mercado de motos segue dominado pela dupla Honda e Yamaha, que somadas representam mais de 88% dos emplacamentos no país. A Honda vendeu 660 mil unidades, enquanto a Yamaha comercializou 163 mil.
O market share da Yamaha saltou para 17%, mas a Honda ainda é dominante, com 70% das vendas
Nos degraus abaixo, o mercado é mais concorrido. A terceira posição é ocupada pela Shineray, que estabeleceu um recorde pessoal ao vender 30 mil motos em seis meses. Com 24 mil unidades, a jovem Mottu está na quarta colocação. Quem fecha o top 5 é a Haojue, do grupo JTZ, com 8,5 mil novas motos.
Como era em 2011
Os números são semelhantes, mas a realidade do mercado era bem diferente em 2011. No primeiro semestre daquele ano, a Honda possuía esmagadores 79% de participação no mercado. A Yamaha estava em segundo e marcas como Mottu, Haojue e Royal Enfield sequer apareciam no top10 – aliás, nem mesmo estavam presentes no país.
A GS 650 era a big trail mais vendida de 2011, enquanto a Honda tinha quase 80% do mercado, a Dafra vendia 23 mil motos por ano e ainda existiam concessionárias Kasinski
A terceira posição pertencia à Dafra, com 23 mil motos. Em quarto, estava a Suzuki, que focava sua operação nas motos de baixa cilindrada, como Yes 125 e Burgman 125. Quem fechava o top5 era a Kasinski, que encerraria sua operação no país alguns anos depois. Outros nomes também desaparecem das ruas: Traxx, Sundown e Iros, por exemplo.