Como era de se esperar, o impacto negativo da crise causada pelo novo coronavírus pode ser traduzida em números no nosso setor. Assim, houve redução de 21,9% no emplacamento de novas motos comparando o primeiro quadrimestre de 2020 com o mesmo período do ano ado. Além disso, a queda é de praticamente 70% ao comparar abril de 2020 com o mesmo mês do ano ado.
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Os números são da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). De acordo com a entidade, o mercado como um todo, considerando também carros e veículos pesados, retraiu 25,17% no quadrimestre. Se compararmos apenas os meses de abril de 2019 e abril de 2020 a queda é de 73,57%.
Queda no emplacamento de motos é menor que nos carros
Assim, foram emplacadas 28.256 motos em abril de 2020, contra 75.394 no mês antecessor (queda de 62,5%) e 93.380 em abril de 2019 (redução de 69,4%). O acumulado do ano, considerando seu primeiro quadrimestre, registrou o emplacamento de 275.174 unidades em 2020, ante 352.099 no ano ado, encolhendo os já citados 21,9%.
Segundo a entidade, esses números representam um ‘retrocesso de 24 anos, em relação aos dados de abril/2020, e de 17 anos, no acumulado do quadrimestre’ para as motocicletas. “Lamentavelmente, voltamos aos patamares de vendas, registrados há 14 anos, para automóveis e comerciais leves e, para o Setor em Geral, retornamos aos volumes de 1992, ou seja, voltamos aos resultados de 28 anos atrás”, aponta o presidente da Federação, Assumpção Júnior.
Retomada a pela reabertura das lojas
Atualmente, existem mais de 7.300 concessionárias espalhadas pelo Brasil, considerando os diferentes tipos de veículos. Assim, para Júnior, a retomada do crescimento do setor a necessariamente pela reabertura desses espaços, o que depende de liberação de órgãos governamentais nas esferas municipal, estadual e nacional.
“Em estados onde a quarentena foi flexibilizada, como em Goiás, por exemplo, a queda do Setor foi menor, tanto na comparação entre abril de 2020 e de 2019 (-47,8%), como no acumulado do ano (-6,7%)”, declarou o Presidente da FENABRAVE.
Ainda, o representante da entidade foi além ao frisar que “estamos prontos para voltar, com total responsabilidade e seguindo, rigorosamente, todos os protocolos de saúde e cuidados sanitários, preconizados pela OMS, Ministério da Saúde e demais Autoridades Sanitárias”, disse.
Ainda, Assumpção destacou que “vale ressaltar que as concessionárias não são locais que provocam aglomerações. Além disso, outro argumento irrefutável refere-se à importância das atividades das concessionárias, que garantem a mobilidade e manutenção de veículos que são primordiais nessa fase, já que transportam cargas e pessoas, por todo o País”, argumentou Júnior.