Os líderes de projeto da Yamaha YZF-R1 comemoraram os 17 anos de desenvolvimento do modelo da melhor forma possível: na pista. Os engenheiros projetistas de todas as versões do modelo explicaram seus conceitos sobre a evolução da moto entre uma e outra volta na pista de Eastern Creek Motorsport Park, em Sydney, na Austrália, onde testaram as várias versões da moto.
Kunihiko Miwa (1998), Yoshikazu Koike (2002 – 2004), Mokoto Shimamoto (2007), Toyoshi Nishida (2009) e o mais recente Hideki Fujiwara (2015) vestiram seus trajes de corrida e foram para a pista relembrar momentos do desenvolvimento da R1.
A YZF-R1 surgiu em 1998 na esteira do sucesso da até então imbatível Honda CBR 900RR Fireblade. Logo no seu lançamento e durante alguns anos reinou no segmento das superbikes. Mas logo a concorrência reagiu e a moto da Yamaha foi procurando manter-se competitiva com mais e mais aprimoramentos e tecnologia. Veja no vídeo um resumo deste encontro dos projetistas e acompanhe a evolução histórica desta adolescente Yamaha YZF-R1.
1998 – É lançada a YZF-R1, que trouxe das pistas o que havia de melhor para as ruas, com um motor que desenvolvia 152 cv e tinha que carregar apenas 177 kg, uma revolução no segmento das superbikes, que usava alumínio e ligas especiais na chassi. Outra modernidade estava nas suspensões, com garfos upside-down na dianteira e monoamortecedor traseiro, tudo com muito ajuste.
2002 – A YZF-R1 ganhou injeção eletrônica de combustível e um revestimento de liga de sílica com magnésio nos pistões para diminuir o consumo de óleo e aumentar avida útil. O chassi ganha mais rigidez com a adoção de um número menor de soldas. E o escapamento fica mais compacto, o que tira dois quilos do peso da moto, que agora tem 175 kg.
2004 – Novo design e um novo escapamento, que agora tem a ponteira dupla ando baixo do banco, são as mais visíveis melhorias que a R1 recebe. Mas ela ganha vários aprimoramentos técnicos que melhoram o desempenho: freios radiais, amortecedor de direção, balança traseira 20 mm maior, trabalho da Öhlins nas suspensões, novas rodas e uma nova geometria com diferente distribuição do peso, agora três quilos menor: 172 kg.
2007 – Com a ajuda de Valentino Rossi, surge a 5ª geração da YZF-R1. Agora o trabalho foi mais fundo e houve pequenas alterações em quase todas as partes da moto. Mudanças no cabeçote do motor, na câmara de combustão, um novo duto de issão variável de combustível – YCC-I (Yamaha Chip Controlled Intake), acelerador eletrônico ride-by-wire, tudo isso eleva a potência para 180 cv, além do sistema Ram Air, que aumenta o fluxo de ar em altas velocidades e “empurra” a cavalaria até 189 cv. Uma nova balança assimétrica, um novo amortecedor traseiro e novas pinças com seis pistões nos freios dianteiros complementam a fera.
2009 – Vindo diretamente das pistas, a R1 ganha o virabrequim crossplane, um novo chassi de alumínio mais rígido, a embreagem deslizante e três mapas eletrônicos aprimoram o desempenho da moto. A potência do motor sobre para 182 cv de potência, mas desta vez ela não perde peso.
2012 – Seguindo os os da forte e numerosa concorrência, a R1 ganha o TCS (controle de tração) com seis níveis de atuação e uma nova programação da ECU. Mas não houve alteração nos números. Algumas pequenas modificações foram introduzidas no design da moto, com uma nova carenagem frontal e um “adorno” de LED no bloco óptico dianteiro.
2015 – A partir da YZR-M1 da MotoGP surge a nova R1 modelo 2015. Novo motor crossplane, chassi com menor distância entre eixos e eletrônica “high-tech”. Agora são 200 cv para 199 kg, fora o “Ram Air” que aumenta ainda mais esta potência. A grande mudança é a nova unidade eletrônica de medição inercial, que verifica constantemente o movimento da moto em 3 dimensões e controla tudo – tração, derrapagens, empinadas, frenagem e arrancadas além de várias pequenas modificações no motor e no design da moto. Confira todas elas na apresentação da Yamaha YZF-R1 2015.
