Para quem roda com pequenas, as motos médias representam um sonho possível. São mais potentes, divertidas e versáteis, sem onerar muito o consumo, manutenção ou valor a ser investido na compra. E é por isso que o mercado internacional está acompanhando a chegada de uma nova moto de 300 cc.
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Como é a nova Benelli 302R
Estamos falando da Benelli 302R. A nova geração do modelo acaba de aparecer pela primeira vez em imagem vazada dos dados de registro da motocicleta ao mercado chinês – num processo bem parecido com o que aconteceu com a ‘nova Harley’, outra moto de 300 cc prestes a desembarcar por lá.
A marca italiana, atualmente comandada pelo grupo chinês Qianjiang (o mesmo com quem a Harley-Davidson estabeleceu parceria, aliás), deu nova cara à sua pequena esportiva. O design é inédito, mais esguio e vazado, com a missão de ar a impressão de leveza ao conjunto. Assim, há novos faróis sobrepostos e em LED, carenagem com aberturas maiores e novo assento, bem como nova identidade visual – que lembra a KTM.
A mecânica conserva a base da atual 302R, conhecida do mercado europeu, asiático e até sul americano, já que o modelo está à venda em países como Argentina, Chile e Uruguai. Trata-se de um motor de 2 cilindros em linha, arrefecido a líquido, DOHC e exatos 300 cm³, que gera 38 cv e 2,6 kgf.m de potência e torque máximos. Para atingir os números o propulsor gira alto, 11.000 e 9.750 rpm, respectivamente.
Na verdade, segundo os dados ao registro chinês, a potência foi reduzida em menos de 10%, caindo para 35 cv. A redução provavelmente se deu para enquadrar o modelo à nova Euro5. O conjunto conta com câmbio de 6 velocidades e injeção eletrônica.
Na ciclística há chassi em treliça, suspensão dianteira invertida e freios ABS da Bosch, com disco de 260 mm na frente e 240 mm atrás. O peso total a seco é de 182 kg, pouco abaixo dos 190 kg da antiga geração desta moto de 300 cc.
Mais uma moto de 300 cc no Brasil?
Infelizmente, não há qualquer esperança de vermos a nova 302R no Brasil, a começar pelo fato da marca ítalo-chinesa sequer possuir representação no país. Se a tivéssemos em concessionárias, aqueceria a briga no decrescente mercado de esportivas no país, lutando no primeiro degrau ao lado das Yamaha R3 e Kawasaki Ninja 400.
Curiosamente, as três mantém a mesma arquitetura de motores. São usinas de dois cilindros em linha, comando de válvulas duplo no cabeçote e arrefecimento a líquido, mas, claro, há diferenças nos deslocamentos e potências.
A R3, única representante da Yamaha no segmento sport no país, entrega 42 cv a 10.750 rpm e 3,02 kgf.m a 9.000 rpm com seu motor de 321 cm³. Já o propulsor da Ninja tem 399 cm³, gerando 48 cv a 10.000 rpm e 3,9 kgf.m a 8.000 rpm. Atualmente, uma Yamaha zero quilômetro é encontrada nas lojas por R$ 29.237, enquanto a Kawasaki sai por R$ 30.257, de acordo com números da FIPE.
